Preocupação: ter ou não ter?

Dores de cabeça, insônia, tensões, ansiedade, problemas gástricos, agitação…  Estes são alguns sinais de que preocupações podem estar dominando sua vida. Quem sofre de preocupação parece estar o tempo todo em alerta pensando nas possibilidades ruins que poderão acontecer, não relaxa um instante sequer. Como o próprio nome diz está pré-ocupado com o perigo iminente.

Entretanto preocupações fazem parte da vida e é bom que assim seja. A pre
ocupação tem como objetivo antecipar eventos futuros a fim de nos planejarmos e solucionar possíveis problemas. Imagine por um instante como seria passar por uma entrevista de emprego sem o mínimo de preocupação. Eu me vestiria de acordo? Chegaria no horário? Possivelmente não.  É a preocupação que nos faz antever uma situação e nos prepararmos adequadamente para enfrentá-la.

Então, como ter a preocupação como aliada no nosso dia a dia e não como vilã, sugando nossa energia e saúde? A resposta está no tipo de preocupação.

As preocupações podem ser classificadas como produtivas ou improdutivas. Uma preocupação produtiva é aquela que lida com problemas concretos e que podemos exercer algum controle. Além disso, na preocupação produtiva não exageramos na avaliação do resultado negativo, acreditamos que temos condições de enfrentar a situação e aceitamos algum grau de risco ou de incerteza. Ao contrário, as preocupações improdutivas tendem a enxergar apenas resultados negativos, muitas vezes estão relacionadas a problemas abstratos, que não podemos ter controle ou então acreditamos que não temos condições de resolver a situação temida. São chamadas de improdutivas pois não tiramos nada útil delas, não resolvemos as situações e pior, desgastamos nossa saúde física e mental.

Você já parou para avaliar a qualidade de suas preocupações? Elaborei o quadro a seguir para auxiliar meus pacientes a identificar as características das preocupações. Espero que também lhe possa ser útil.